Olha aqui nossa turma preparada para entrar na usina!
Fonte: Arquivo pessoal
A Usina visitada foi a Caeté, unidade Delta que produz e vende açúcar e álcool. Fomos recebidos com um delicioso café da manhã e logo após, nos foi ministrada uma palestra sobre o funcionamento desta. Os estudos do dia começaram a ser realizados, com a explicação de dois engenheiros químicos que trabalham na usina, sobre os diversos processos de produção do álcool, desde a tecnologia agrícola e industrial utilizada, até as diversas formas no preparo e cultivo dos microorganismos fermentativos, para que não ocorram perdas na produção.
( Desfibrador e Colhedora de cana-de-açúcar )
Fonte: Arquivo pessoal
A cana-de-açúcar é moída, o caldo é recolhido, fervido e engrossado para se obter o melaço. Após isso, fermenta-se o melaço com fungos ou bactérias que realizam a fermentação alcoólica (é a que produz o etanol). Após isso, separa-se o etanol dos resíduos da fermentação, e este é destilado para que seja purificado. Utiliza-se a fermentação descontínua ou em batelada que é caracterizada pela inoculação e incubação de microorganismos, de tal forma, a permitir que a fermentação ocorra sob condições ótimas.
(Tonéis de melaço)
Fonte: Arquivo pessoal
Neste momento fica a curiosidade: como uma simples bactéria ou fungo pode fazer funcionar uma indústria com o potencial de produção tão grande como esta que visitamos? Resumidamente é assim: a reprodução das bactérias ocorre assexuadamente por divisão binária (ou cissiparidade) e em condições ideais, uma bactéria pode originar duas células filhas em apenas 20 minutos, ou seja, rapidamente tem-se uma grande quantidade destes microorganismos que “trabalharão” para o processo fermentativo ocorrer (TRABULSI, 1999).
Mas afinal quais são os procedimentos e processos utilizados na fabricação do álcool? Este se inicia com a fermentação onde ocorre a transformação dos açúcares em etanol, ou seja, do açúcar em álcool, havendo neste processo desprendimento de gás carbônico e calor, portanto, é necessário que as dornas, um recipiente de metal utilizado para armazenar vinhos, sejam fechadas para recuperar o álcool arrastado pelo gás e o uso de trocadores de calor para manter a temperatura nas condições ideais para as leveduras. A fermentação é regulada constantemente, pois não pode ocorrer aquecimento excessivo. O mosto fermentado é chamado de vinho que contém cerca de 9% de álcool. A levedura mais utilizada para fermentação alcoólica é a Saccharomyces cerevisie, porém estão pesquisando outras espécies mais bem adaptadas para esta região.
Analisando a visita, proposta pela disciplina Aplicações do Metabolismo Enérgico e pensando também nas disciplinas obrigatórias de Bioquímica e Biologia Celular, conseguimos identificar na aplicação prática a realidade teórica discutida nas salas de aula, por exemplo, sobre reprodução das bactérias e a atuação destas na obtenção de energia através da fermentação. Espero que tenham se interessado pelo assunto e tenham ficado curiosos para conhecer uma Usina de verdade!
BIBLIOGRAFIA:
MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo B.; Bioquímica Básica. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogam, 2010.
TRABULSI, L.R. et al. Microbiologia. 3 ed. Atheneu, 1999, 586p
Disponível em: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/cana-de-acucar/arvore/CONTAG01_105_22122006154841.html
2 comentários:
Pessoal, o texto ficou muito bom e os comentários feitos pelo grupo nos possibilitaram fazer relação com as disciplinas do semestre. Só um comentário, em vários momentos fala-se em fungos, bacterias e leveduras como se todos fossem do mesmo grupo, para quem não é da área pode ficar confuso. Quando ocorrer isso, tentem ser mais claros na definição dos grupos, ok?
texto ótimo, encontrei tudo o que queria saber (y)
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