sexta-feira, 24 de junho de 2011

Obesidade e puberdade

Todos nós já ouvimos falar, pelo menos uma vez, que os norte-americanos sofrem com a obesidade. A partir daí, também, que os cientistas passaram a se preocupar com (as) adolescentes norte-americanas, principalmente, que entravam na puberdade mais cedo que o normal – ou pelo menos, fora dos padrões. A neurocientista Carol Elias aproveitou a oportunidade, para contribuir no desvendar de um dos fenômenos bioquímicos, que vem alarmando os médicos dos EUA: a antecipação da puberdade feminina.

Iniciando seus estudos no Brasil, financiada pela FAPESP, Capes e CNPq, Carol e sua equipe, depois de quase uma década, identificaram a região do cérebro em que o hormônio leptina, atua despertando o amadurecimento sexual. A neurocientista termina sua pesquisa nos Estados Unidos com o apoio dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) e, com o nome da região que procuravam: o núcleo pré-mamilar ventral.

Explica Carol, atualmente pesquisadora da Universidade do Texas e ex-professora da Universidade de São Paulo (USP), que “Há um mecanismo bioquímico delicado que informa ao cérebro que o organismo está pronto para reproduzir”. E o responsável por dar esse aviso ao cérebro é a leptina – um hormônio secretado pelas células da gordura e mais conhecido por despertar a sensação de saciedade e de reduzir a fome.

As pesquisas que tinham sido feitas sobre a leptina, apresentavam resultados de que esse hormônio iniciava uma cadeia de reações químicas, ao qual levavam ao desenvolvimento dos órgãos sexuais e também a fertilidade. Sabe-se que camundongos e seres humanos que não produzem a leptina, não entram na puberdade – sendo essa, o período de transformações fisiológicas que preparam o corpo para procriar.

Carol passou um período na Universidade de Harvard colaborando, também, com a identificação das regiões cerebrais, que produzem os receptores da leptina – proteína à qual o hormônio de mesmo nome se liga estimulando o funcionamento das células cerebrais (neurônios). Uma das regiões que expressam esses receptores e que chamou a atenção, é o núcleo pré-mamilar ventral, localizado entre as regiões do hipotálamo.

Newton Canteiras, pesquisador da USP, já havia demonstrado como funciona esse mecanismo. Esse grupo de células se conecta a regiões cerebrais que produzem o hormônio liberador de gonadotrofinas, o responsável por estimular a secreção de outros hormônios sexuais.

Carol e mais três pesquisadores brasileiros, foram convidados para integrar a equipe de Joel Elmquist no Texas. Juntos, desenvolveram em um laboratório um camundongo geneticamente modificado, para em certas condições, produzir o receptor de leptina apenas no núcleo pré-mamilar ventral. O trabalho foi positivo e os pesquisadores publicaram um artigo¹, em dezembro de 2010 na revista Jurnal of Clinical Investigtion, com os resultados obtidos.

Carol explica que, as fêmeas de camundongo inférteis entraram na puberdade e se tornaram capazes de procriar, quando estimulado a produção do receptor de letptina, exclusivamente no núcleo pré-mamilar ventral: “As células desse núcleo passaram a reconhecer a presença da leptina, induzindo o amadurecimento sexual”.

A possível explicação para o fenômeno, é que os neurônios do núcleo pré-mamilar ventral, estimulam as células produtoras do hormônio liberador de gonadotrofinas. Essa cadeia de reações bioquímicas, que por razões ainda desconhecidas, desperta a puberdade apenas nas fêmeas, ajudou a compreender o porque, essa proporção cada vez maior de meninas norte-americanas entre 7 e 8 anos de idade já estão entrando na puberdade. Assim mostrou um estudo² publicado em setembro de 2010 na Pediatrics.

Para Carol, “é possível que as taxas mais elevadas de leptina em crianças obesas estejam estimulando regiões cerebrais que normalmente só seriam ativadas mais tarde” e “agora que identificamos o grupo de células responsáveis por mediar a ação da leptina no início da puberdade teremos condições de desvendar os mecanismos celulares, genéticos e bioquímicos envolvidos nesta função”.

¹ link do artigo: http://www.jci.org/articles/view/45106 - encontra-se em inglês.

² link do estudo: http://pediatrics.aappublications.org/content/126/3/e583.abstract - encontra-se em inglês e apenas o abstract.

Texto criado a partir da matéria, encontrada no site: http://revistapesquisa.fapesp.br/?art=6941&bd=2&pg=1&lg=



terça-feira, 21 de junho de 2011

Por que os carboidratos são tão necessários para os atletas?



Os carboidratos são macromoléculas, que fornecem energia, dão manutenção no sistema imune e também funcionam como reserva de energia, sendo definidos como os combustíveis energéticos por exelência. Para um bom desempenho físico do atleta, é necessário que ele esteja bem nutrido, com base em uma dieta composta de todos os nutrientes, capazes de promover um bom funcionamento do organismo.Durante a prática de exercícios fisícos, o glicogênio muscular (um grande polissacarídeo sintetizado a partir da glicose, no processo da gliconeogênese) é a principal fonte de energia glicídica para os músculos que estão em funcionamento.Quando ocorre a diminuição de todo o glicogênio, a síntese de glicose vai acontecer por meio de outros nutrientes, sendo principalmente das proteínas, esse processo que acontece não é benefíco para os atletas, pois uma das fontes de proteína é o próprio tecido muscular. O mecanismo da fadiga está interligada diretamente com a quantidade de glicogênio muscular; quanto maior a quantidade de glicogênio, mais energia e capacidade de desempenhar as suas atividades fisícas ele terá. São devidos a esses motivos que um atleta necessita de maior ingestão de carboidratos do que uma pessoa sedentária que não pratica exercícios físicos. Os nutricionistas indicam uma dieta balanceada em torno de 60 a 70% do valor calórico total. Essa dieta balanceada tem como principais objetivos o acumulo do estoque de glicogênio, manter a glicose sanguínea e manter ou aumentar a massa muscular. Em um atleta que pratica exercícios de alta intensidade e curta duração uma dieta abundante em carboidratos pode reduzir o tempo de exaustão, mantendo a glicemia e diminuindo a utilização de glicogênio durante a prática dos exercícios, sendo favorável a reestruturação do glicogênio nos intervalos entre os tiros. Já na prática de exercícios de moderada e alta intensidade e longa duração, dependendo da intensidade do exercício e da dieta, a diminuição de glicogênio muscular pode acontecer em 70 a 90 minutos, fazendo cair o desempenho do atleta.




Principais fontes de carboidratos: frutas, melado, mel, açucar, arroz, aveia, trigo, feijões, batata, granola, pães etc.



Referências

WILIAMS, Melvin H. Nutrição: para saúde e condicionamento físico e desempenho esportivo. Ed. Manole, p.94 - 117, 2002.


Imagem: adrianoam.wordpress.com

"Célula Comestível"



Em nossas disciplinas pedagógicas, assim como em Estudo e Desenvolvimento de Projetos, somos incentivamos a desenvolver aulas que chamem a atenção dos alunos, promovendo uma interação aluno-professor. Desta forma, elaboramos uma aula sobre Célula Animal que tinha como objetivo organizar uma célula animal a partir de ingredientes que compõem uma pizza. Anotem a receita desta pizza inteligente:

- Membrana plasmática: massa de pizza;

- Citoplasma: molho de tomate;

- Carioteca: mortadela;

- DNA: catupiry;

- Retículo Endoplasmático liso: presunto em fatias;

- Retículo Endoplasmático rugoso: presunto em fatias e milho;

- Ribossomos: milho;

- Lisossomos: ervilha;

- Complexo de Golgi: salsichas partidas e dispostas paralelamente;

- Mitocôndrias: tomade cereja partido ao meio;

- Microfilamentos: batata palha.


Em nossa aula experimental, conseguimos a participação considerável dos alunos, sendo uma prática recomendada aos futuros docentes.


Deliciem da nossa ideia!!!

Transporte de substâncias



Você consegue imaginar o porquê das folhas de alface ficarem murchas minutos depois que você as tempera com sal? Não??? Então preste atenção... As células da alface, no momento em que você as lavou e as colocou em um recipiente para temperá-las, se encontravam em sua perfeita forma. Porém, logo após a adição de sal, a alface perde água para o meio e com isso suas células ficam murchas. Esse transporte passivo de água feito de um meio para o outro é denominado OSMOSE. Agora, quando sua mãe cozinha carne de panela, e sem querer errava a mão no sal, uma tática genial utilizada por ela era a adição de batatas, com o intuito de reduzir o sal da carne, que num passe de mágicas passava para as batatas. Mas esperem: de mágica não tem nada. Sua mãe não sabia (bom, eu acho!), mas ela acabara de por em prática conceitos básicos de transporte de substâncias. O que de fato aconteceu foi o seguinte: a carne se encontrava com excesso (hiperconcentrada) de soluto (sal). Ao colocar as batatas em contato com a carne, o sal passa para as batatas e com isso temos o transporte passivo denominado DIFUSÃO SIMPLES. Desta forma, tanto a batata quanto a carne estarão com a mesma concentração de sal e prontas para a degustação. Ah, lembrem-se de esperar seu irmão chegar da escola para temperar a salada, porque senão ele vai comer folhas murchas de alface, coitado!





A experiência de “construir” uma célula vegetal

Bom pessoal, estamos aqui para relatar como foi a nossa experiência de “construirmos” uma célula vegetal para nosso trabalho de EDPIII: Ciência Divertida.
Desde o início, queríamos que o trabalho fosse relacionado com Botânica. A primeira ideia surgida tinha a ver com coleta de plantas e certa catalogação das mesmas; depois a ideia foi trabalhar com diferenciação da célula animal para a célula vegetal, até que por fim, escolhemos a célula vegetal para ser trabalhada. Queríamos algo que fosse material, para que os alunos pudessem montar. Então, montamos com porcelana fria (biscuit) as organelas típicas de célula vegetal e outras, não nos esquecendo da parede celular. Nossa base foram dois círculos feitos a partir de lata, e nossas organelas tinham um imã no verso para que fosse feita adesão ao círculo.
Foram confeccionadas seis “mitocôndrias”, quatro “cloroplastos”, dois “núcleos”, dois “retículos endoplasmáticos rugosos”, dois “retículos endoplasmáticos lisos”, dois “vacúolos”, dois “complexos de Golgi” e dois “perixossomos”. Apenas os vacúolos foram confeccionados a partir de isopor. Metade das organelas seria distribuída para cada célula. Baseamos-nos quanto a proporção das organelas, umas em relação às outras, em uma das figuras que a professora Flávia utilizou em sala de aula:



Quanto à apresentação das Células



O trabalho foi apresentado à turma de EDPIII na última terça-feira, 14. A mesma foi divida em dois grupos, e cada grupo ficou com um círculo de lata e a parede celular, representada também por biscuit. Para que os alunos completassem suas células com as organelas disponibilizadas era preciso que respondessem perguntas corretamente, sobre o tema Célula Vegetal. Essas Perguntas foram elaboradas a nível de ensino básico e foram disponibilizadas em um saco plástico e foram sorteadas pelos próprios integrantes dos grupos a cada rodada. Qualquer um do grupo poderia responder, caso soubesse a resposta. Devido ao tempo, cada resposta certa era equivalente a duas organelas, o grupo que montasse sua célula primeiramente seria o vencedor. E assim se realizou o trabalho.
Além de Ciência Divertida, que foi a proposta de nossos professores, agora também temos um modelo didático, com possibilidade de ajustes e melhorias. Podendo ser usado em outras oportunidades.



Também gostaríamos de aproveitar a oportunidade e parabenizar os outros dois grupos que se apresentaram no mesmo dia. Os dois, de forma mais simples e econômica que nós, também conseguiram fazer de forma divertida a ciência; a ciência das plantas especificamente. Fica o nosso Parabéns aos grupos.


Bom pessoal essa é a nossa última postagem do semestre. Boas férias a todos e segue a foto das nossas “células”.

Postado por Augusto, Bruna e Mayara.






VISÕES ANTIGAS SOBRE A EMBRIOLOGIA

“Se vi mais longe, foi por estar colocado nos ombros de gigantes”


Esta frase é de Isaac Newton (1643-1727), e mostra que cada novo estudo, utiliza como base um conhecimento já estabelecido por algum pesquisador, e embora não devemos considerar este conhecimento científico como algo pronto, e definitivo, não se pode desprezá-lo. É de extrema importância saber a origem, o desenvolvimento, e os personagens que estão envolvidos na produção de um saber, é imprescindível conhecer a história da ciência.
Portanto hoje iremos falar um pouco sobre visões antigas sobre a embriologia, disciplina que estuda o desenvolvimento embrionário, e que é ministrada aqui na UFTM, pelo professor Carlos Araújo, para os alunos do 3° período de Licenciatura em Ciências Biológicas.






Os egípcios do Reino Antigo conheciam métodos para incubar (desenvolver até a eclosão) ovos de pássaros, e acreditavam que nos humanos a alma entrava na criança através da placenta.


Já esse texto dos Hindus, denominado Garbha Upanishad descreve idéias indianas antigas sobre o embrião: “Da conjugação de sangue e sêmen o embrião começa sua existência. Durante o período favorável para a concepção, após o intercurso sexual, torna-se um Kalada (embrião de um dia). Após sete noites, ele se torna uma vesícula. Após uma quinzena ele se torna uma massa esférica. Após um mês ele se transforma em uma massa firme. Depois de dois meses a cabeça é formada. Após três meses, surgem as regiões dos membros.”


Os gregos também fizeram importantes contribuições para a embriologia, Hipócrates de Cos, Claudius Galeno, e Talmude ajudaram no desenvolvimento dessa ciência. Mas foi Aristóteles que escreveu um tratado de embriologia no qual descreveu o desenvolvimento de alguns embriões e foi reconhecido como o fundador da embriologia, mesmo acreditando que o embrião surgia do sangue menstrual após ativação pelo sêmen masculino.


Então essas são algumas visões de alguns povos sobre a embriologia, contudo há muito mais sobre a história dessa ciência.


Referências:
MOORE, Keith L. Embriologia Clínica. 7° Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
Imagem: felipebatistela.wordpress.com
Postado por Augusto, Bruna e Mayara.

Células tronco





Nos últimos anos o assunto “células-tronco” tem sido muito debatido, e é objeto freqüentemente exposto na mídia. Como a maioria das grandes novidades, esta área está sendo superestimada se for considerada a realidade atual, entretanto não há dúvidas de que as suas potencialidades são enormes, e pode-se esperar um novo tipo de Medicina a partir da evolução dessas pesquisas.
Os diferentes tecidos são formados por células com características diversas. Por exemplo: o tecido muscular está constituído por células especializadas em contração, os miócitos. O tecido ósseo está constituído por osteoblastos, o tecido nervoso por neurônios, e assim por diante.
Quando uma das primeiras células do embrião sofre uma mitose e se divide, as duas células resultantes têm a mesma constituição genética e as mesmas características. A embriogênese progride com a contínua multiplicação das células, aumentando o número das mesmas e o tamanho do embrião. O interessante é que dentro da célula mais primitiva, o zigoto, existe informação suficiente para que, na medida em que essas células forem se dividindo, aos poucos ocorra uma diferenciação, originando diferentes linhagens que formarão diferentes tecidos como: muscular, ósseo, nervoso, etc.
No interior do núcleo desta célula primitiva existe uma bagagem gênica completa, com capacidade de transmitir as informações necessárias para toda a vida do futuro ser que esta célula originará. Em um determinado momento, nesta contínua série de divisões mitóticas, inicia um processo denominado diferenciação celular. Este processo é de extrema importância pois permitirá que novas linhagens celulares passem a existir e já iniciem a estruturação de um complexo organismo. Este fenômeno de diferenciação celular permite, em última análise, que a célula resultante da divisão seja diferente da antecessora.
Durante muito tempo, os biólogos ensinavam a mitose como sendo a divisão de uma célula em duas exatamente iguais. Há relativamente pouco tempo, com os novos entendimentos propiciados pela moderna biologia celular, foi sendo definido um novo tipo de mitose. A mitose assimétrica. O conhecimento desta mitose assimétrica permitiu a ideação de um tipo de célula com características especiais. Esta célula ao se dividir origina uma célula que se diferencia e outra que mantém as mesmas características da original. Desta maneira, ela pode se diferenciar em outra, ao mesmo tempo em que pode manter suas características primordiais. Esta manutenção de características permite, no organismo adulto, que haja um grupo de células que ainda mantêm características ancestrais, ou precursoras, ou tronco. Por essa razão são denominadas células-tronco.
Este fato, que constantemente está ocorrendo em nosso organismo, possibilita um processo reparatório fantástico, fazendo-nos prever sua utilização em oportunidades diversas. Este fenômeno da diferenciação, ou não, das células no processo divisório, acrescido da existência, no adulto, de células precursoras, permite uma multiplicidade de situações que necessita avaliação detalhada, objeto desta revisão inicial.


Referência: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?602


Células que emitem luz laser

Células do rim humano florescentes: http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/2011/06/110613_celula_laser_mv.shtml

Em um artigo publicado recentemente cientistas americanos descrevem a indução de uma célula para produzir luz laser, o que pode ser muito útil na obtenção de imagens microscópicas de qualidade superior e para possíveis tratamentos que utilizem luz.

A técnica baseia-se na reprogramação genética de uma célula, para que esta produza uma proteína encontrada naturalmente em uma espécie de água-viva capaz de emitir luz verde quando iluminada à luz azul. Essa proteína verde florescente é a GFP (abreviação do inglês Green Fluorescent Protein) para amplificação da luz, tendo em vista que esta pode ser utilizada como uma “lanterna” para iluminar os sistemas vivos. Entretanto os cientistas responsáveis pelo estudo enfatizam que esta é a primeira vez que um organismo vivo é usado para produzir luz laser.

Para realização dessa pesquisa foram colocadas células do rim humano entre dois espelhos minúsculos, uma de cada vez. Os espelhos aturam como uma cavidade para banhar a célula com rais de luz refletidos múltiplas vezes. Após o banho as células foram expostas à luz azul e passaram a emitir luz verde, que gerou o raio laser, ao ser direcionada pelos espelhos.

Vale ressaltar que as células continuaram vivas durante e depois do experimento.

Fonte:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/2011/06/110613_celula_laser_mv.shtml

A independência da reproduão na água pelos .... OVOS.

Nosso último assunto do semestre foi a Embriologia , e todas as conquistas em questão de reprodução que foram conseguidas pelos animais ao longo do tempo.
Os anfíbios, sendo os primeiros animais a ocupar o ambiente terrestre ainda precisavam de retornar  a água para que a sua reprodução fosse alcançada, porém alguns animais como os mamíferos, répteis e aves  fazem parte dessa classe que realizam sua fecundação e reprodução por meio de ovos, e aqui vamos conhecer suas partes constituíntes:



a) Saco Vitelínico : É uma bolsa ligada ao embrião que abriga o Vitelo. O Vitelo é uma substância nutritiva que alimenta o embrião durante seu desenvolvimento dentro do ovosendo que no final de seu crescimento tal substância nutritiva já está todo absorvido.

b) Córion : O Córion é uma membrana que envolove o embrião e todos os seus anexos , ele tem a função de um aparelho respiratório para o embriãozinho permitindo as suas trocas gasosas uma vez que é uma película bem fina.

c) Amnion :O Âmnion ou bolsa amniótica é uma membrana que delimita um líquido no qual o embrião é envolto. Tal estrutura é chamada de "bolsa d'água" nos humanos , e seu rompimento anuncia que está na hora do parto. Sua principal função é proteger o embrião por ele envolto de choques mecânicos e todo e qualquer movimento brusco que poderia atingir o embrião

d) Embrião : É o embrião própriamente dito, se desenvolve dentro do ovo por um tempo, dependendo de sua espécie , nutrindo-se , respirando e liberando suas excretas através do auxílio de todos os seus anexos.

e) Alantóide : O Alantóide é também uma membrana que delimita um espaço onde será destinada todas as excretas do embrião, ali será armazenada por exemplo sua urina durante seu desenvolvimento. No Alantóide, também ocorrerá as trocas gasosas com o ambiente por meio do Córion e da Casca porosa que envolve e protege o ovo, será expelido o gás carbônico e absorvido e levao ao embrião o oxigênio. Um terceiro e muito importante evento que ocorre no Alantóide é a absorção de Cálcio que está na casca, assim, ao longo do desenvolvimento embrionário esse cálcio absorvido formará aos poucos o esqueleto do embrião e ao mesmo tempo enfraquecerá a casca , fazendo com que na hora certa , o ovo ecloda com mais facilidade para o embrião.

obs : Em nós , humanos, as estruturas como Alantóide e Saco Vitelínico são atrofiados, uma vez que suas funções básicas de nutriçao, trocas gasosas e liberação de excretas do embrião são feitas pelo cordão umbilical, por meio da placenta.

Referência :
Moore, Keith L.,  T. V. N. Persaud; Embriologia Básica ; traduçâo: Maria das Graças Fernandes Sales - Rio de Janeiro : Elsevier 2004

Coleção Objetivo, Sistema de Métodos de Aprendizagem.

http://www.dombosco.com.br/Curso/estudemais/biologia/embriologiaIII.php

Coloração de lâminas

Foto Estrias De Caspary (100X) ( Corada com safranina)

Eae galera td bem?Vou flar agora um pouco sobre a coloração de lâminas, que é muito importante para as nossas aulas práticas.

A coloração de materiais tem como objetivo destacar partes dos órgãos a serem estudadas, para identificação dos tecidos, estruturas para melhor visualização.

Com os cortes realizados, os materiais podem ser montados sem nenhum tratamento, ou podem ser clarificados e corados para melhor visualização dos tecidos e identificação de determinadas substâncias. As colorações podem ser de forma simples ou forma dupla.

O processo de coloração é um pouco demorado, pois são diversos procedimentos a serem realizados na seguinte ordem e maneira: coloca-se o material na água, depois com um pincel o colocamos no hipoclorito, em seguida o mergulhamos novamente na água, depois no corante e novamente na água para a obtenção de um material corado para visualização.

Nas aulas praticas de botânica, para a montagem utilizamos lâminas semi-permanentes no hipoclorito para a clarificação e a safranina como corante do material.

A safranina tem afinidade por parede com lignina, assim corando as paredes em vermelho, a clarificação é feita com hipoclorito de sódio, tendo como sua função limpar e despigmentar o material. A coloração pode ser simples (um único corante) ou dupla (com dois corantes). No primeiro caso os tecidos apresentam tonalidades diferentes de acordo com a estrutura da parede e conteúdo celular (azul de metileno, azul de toluidina). No segundo caso, utiliza-se geralmente, um corante específico para lignina (fucsina, safranina, violeta cristal) o qual deve ser utilizado primeiro, e outros para celulose (azul de astra, vermelho congo, orange G) o qual deve ser empregado após o corante para lignina.

Procedimento de coloração: Cortar material --- água --- hipoclorito --- água --- corante --- água ---- montar lâmina

Os cortes histológicos são transferidos para um recipiente contendo hipoclorito, até ficarem esbranquiçados (3 a 5 minutos, dependendo do material), os cortes são lavados de duas a três vezes com água, até a retirada total do hipoclorito. A coloração do material foi obtida após alguns segundos até minutos (tempo variável, dependendo do material) para a coloração do material. Com auxílio do pincel, estes foram transferidos para outro vidro de relógio contendo água, sendo lavados de duas a três vezes para a retirada do excesso de corante. Após isso o colocamos na lâmina com um gota de água para visualização no microscópio.


Como os anabolizantes agem no organismo?

Fonte: http://blogdonata.blogspot.com/2010/12/o-perigo-dos-esteroides-anabolizantes.html

Você já ouviu falar muito sobre as “bombas” não é mesmo? Mas você sabe como elas agem no organismo e quais os seus efeitos?

O nome correto das “bombas” é: esteroides anabolizantes, e essas são substâncias sintetizadas em laboratório a partir da testosterona. Este hormônio masculino é retirado dos testículos e usado para promover um aumento de massa em atletas que praticam esportes de potência. Os anabolizantes agem nas fibras dos músculos permitindo que elas retenham mais água e nitrogênio, aumentando a síntese protéica. Isso fará com que as fibras aumentem de tamanho e os músculos fiquem mais volumosos e resistentes.

Muitas pessoas utilizam os esteroides anabolizantes de forma incorreta, mas o que muitas pessoas não sabem é que eles podem ser utilizados de forma correta em alguns tratamentos em clínicas médicas, como: osteoporose, fraqueza muscular generalizada e em alguns casos de tratamentos com adolescentes. Porém, mesmo em clínicas médicas, os efeitos dos esteróides devem ser estudados com cautela.

Existem mais de 20 tipos de anabolizantes para uso oral ou injetável, e mesmo sendo ilegais, muitas pessoas ainda as utilizam para aumentar a massa muscular, se a pessoa pegar pesado na academia, ela pode ganhar até oito vezes mais massa muscular que um malhador normal. Porém os efeitos no corpo humano podem ser bastante prejudiciais, podem ocorrer: aumento da pressão sanguínea, lesões hepáticas, redução na produção de células espermáticas resultando em perda da capacidade reprodutora, câncer de próstata, aumento do colesterol ruim (LDL), desequilíbrio hormonal, depressão, problemas cardíacos, e em alguns casos pode levar até a morte.

Portanto, é importante estudar sobre os efeitos dos esteróides anabolizantes antes de iniciar seu uso, mesmo em clínicas médicas, pois os mesmos podem acarretar vários problemas à saúde, e a melhor forma de aumentar a massa muscular é o treinamento sem uso dessas drogas.

Para saber mais sobre o assunto, acesse:

- http://www.saudenainternet.com.br/portal_saude/esteroides-anabolizantes-e-seus-efeitos-sobre-o-organismo-humano---parte-i.php;

- http://www.saudenainternet.com.br/portal_saude/esteroides-anabolizantes---parte-ii.php.


Postagem por: Camila Rezende Rodrigues.

Fonte/Referências: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-os-anabolizantes-agem-no-organismo.

http://www.saudenainternet.com.br/portal_saude/esteroides-anabolizantes-e-seus-efeitos-sobre-o-organismo-humano---parte-i.php.

De mãe para filha

Eva Ottosson, uma britânica de 56 anos, poderá ser a primeira mulher a doar um útero para a filha que nasceu sem o órgão reprodutivo.


http://pt.dreamstime.com/foto-de-stock-tero-destacado-image10333650


Eva e sua filha, Sara, participaram de vários exames médicos e psicológicos na Suécia, junto a uma equipe de cientistas da Universidade de Gotenburgo, a fim de avaliar se poderiam participar do primeiro transplante de útero realizado em humanos, que deverá acontecer em 2012. Sara, de 25 anos, é portadora da Síndrome de Mayer Rokitansky Kuster Hauser, que fez com que ela nascesse sem o útero e parte da vagina. De acordo com o coordenador da equipe médica sueca, Mats Brannstrom, o transplante de útero é uma das operações mais complexas da medicina por se tratar de uma região de difícil acesso, sendo preciso evitar hemorragias e existir vasos sanguíneos suficientes para fazer a ligação útero. Com a operação, os médicos esperam que Sara consiga engravidar e gerar o filho no mesmo útero em que nasceu. Em entrevista à BBC, Eva diz reconhecer o risco da cirurgia e cita que, caso o procedimento não dê certo, a filha optará pela adoção de uma criança. “Eu e minha filha somos pessoas racionais. Nós duas acreditamos que é apenas um útero”, disse ao jornal The Telegraph. Já, se o transplante for bem sucedido e após passada a fase de recuperação, Sara pretende realizar o procedimento de fertilização in vitro, que consiste na implantação de óvulos fertilizados (no caso, pelos espermatozóides de seu namorado) dentro do útero. Porém, existem opiniões contrárias ao procedimento de transplante de útero. Artur Dzick, presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, acredita que a operação representa um risco muito elevado, pois pode haver rejeição ou ocorrer de o transplante não dar certo, fazendo com que a paciente perca a oportunidade de gerar um filho dentro da barriga da mãe dela. Para Arthur, somente transplantes de órgãos vitais deveriam ser realizados, e completa dizendo que a paciente pode optar pelo útero de substituição, vulgarmente conhecido como barriga de aluguel. A única tentativa anterior de realização desse transplante ocorreu em 2000, na Arábia Saudita, onde uma mulher de 26 anos recebeu o útero de outra já falecida, que tinha 46 anos. O órgão precisou ser removido 99 dias mais tarde, por causa de complicações por hemorragia e coágulos. Sobre esse fato, Brannstrom acredita que poucas pesquisas foram feitas antes do procedimento e que as complicações foram decorrentes da cirurgia e afirma utilizar técnicas que evitam tais complicações.

Referências: