Tecido ósseo aumento de 400x
Sabendo da dificuldade de se conseguir cortes finos para as aulas práticas de anatomia vegetal, fiquei por entender como foram feitas as lâminas para a última aula prática de histologia, em que observamos lâminas de diversos tecidos entre eles o tecido ósseo. Se já temos grande dificuldade para fazer cortes de folhas, imagine fazer um corte do tecido ósseo. Pois bem, não é fácil, existe uma série de processos, os quais citarei posteriormente, para se produzir uma lâmina permanente desses tecidos.
Sabendo da dificuldade de se conseguir cortes finos para as aulas práticas de anatomia vegetal, fiquei por entender como foram feitas as lâminas para a última aula prática de histologia, em que observamos lâminas de diversos tecidos entre eles o tecido ósseo. Se já temos grande dificuldade para fazer cortes de folhas, imagine fazer um corte do tecido ósseo. Pois bem, não é fácil, existe uma série de processos, os quais citarei posteriormente, para se produzir uma lâmina permanente desses tecidos.
O objetivo da lâmina histológica é levar ao microscópio uma imagem de tecido perfeitamente preservada, apresentando a mesma estrutura e composição química quando vivos, ou ao menos chegar o mais próximo disso, e para que seja uma lâmina de qualidade é essencial a sua transparência.
Evitando a autólise das células, os tecidos removidos do corpo do animal devem ser imediatamente fixados, insolubilizando as proteínas dos mesmos, principais responsáveis pela estrutura das células e dos tecidos. A fixação do tecido é a primeira etapa da preparação de uma lâmina histológica. Normalmente é utilizada formadeído a 4% em solução tamponada ( pH 7,5 aproximadamente), embora, seja muito comum a utilização da dupla fixação, primeiro em solução de aldeído glutáreo e, em seguida em solução de tetróxido de ósmio, também tamponados.
Na segunda etapa, conhecida como desidratação, o tecido é banhado em álcool etílico de concentrações crescentes de 70% a 100%, extraindo a água dos tecidos. Em seguida, terceira etapa, o álcool é substituído por um líquido miscível com o meio de inclusão, essa etapa é denominada de clareamento, pois os tecidos embebidos nessas substâncias, benzol, xilol ou tuluol, solventes do álcool e da parafina, tornam-se translúcidos.
Na quarta etapa mergulham-se os tecidos em resina plástica à temperatura ambiente ou em parafina fundida numa estufa geralmente a 60°C, dessa forma a parafina penetra nos vasos, nos espaços intercelulares e mesmo no interior das células impregnando o tecido e tornando mais fácil a obtenção do corte, essa etapa é denominada de impregnação.
A quinta e última etapa antes do corte é a inclusão, a peça é colocada num molde retangular contendo parafina fundida ou em resinas sintéticas, para a obtenção de uma peça regular para ser cortado no micrótomo (aparelho de micro cortes). Após cortado o tecido é corado para facilitar a visualização dos componentes teciduais.
Este é apenas uma das formas de se produzir uma lâmina histológica, e mais comumente utilizada, embora haja outros processos de acordo com a necessidade e a finalidade da lâmina, como o micrótomo de congelação, no qual o tecido é endurecido por congelamento, obtendo cortes mais rápidos sem passar por todas as etapas anteriormente descritas, é muito utilizada em hospitais, quando se necessita de um diagnóstico rápido em material patológico durante as cirurgias além de ser muito utilizado em histoquímica já que o congelamento não inativa as enzimas, não remove os lipídios e dificulta a difusão de moléculas pequenas, possibilitando os estudo dessas substâncias.
Fonte: JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica . 4 ª edição. Editora Guanabara Koogan. Rio de Janeiro.
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