segunda-feira, 30 de maio de 2011

Estresse oxidativo em plantas


Você já deve ter ouvido falar sobre estresse, mas o que realmente ele significa? Estresse é um estado de tensão que causa uma ruptura ou desequilíbrio do organismo (LIPP, 2000), porém, e estresse oxidativo, radicais livres, você sabe o que é?

O organismo deve possuir a produção de radicais livres e as defesas antioxidantes em um estado de equilíbrio. Se ocorrer uma produção maior de radicais livres, há um estresse oxidativo, que pode ocasionar danos celulares, na maior parte sobre espécies reativas de oxigênio (ROS) e espécies reativas de nitrogênio (RNS).

Já o radical livre refere-se a átomo ou molécula altamente reativa, que contém número ímpar de elétrons em sua última camada eletrônica. É este não emparelhamento de elétrons da última camada que confere alta reatividade a esses átomos ou moléculas. Originam-se da captura de elétrons que escapam da cadeia transportadora de elétrons por moléculas de oxigênio próximas. Porém, podem ter efeitos positivos como, por exemplo, atuar na destruição de bactérias invasoras. (FERREIRA; MATSUBARA, 1997)

Mas o que isso tem em relação às plantas?

Se por acaso algum agente patológico se instale na membrana plasmática da planta, ela ativará seu sistema de devesa, tentando eliminar esse organismo. Se por acaso não obtiver resultado, a planta sofrerá um processo de estresse oxidativo através do ROS, que vai ocasionar a destruição parcial de sua própria membrana celular, na região onde está instalado o agente patológico. Como não existirá tecido vivo naquela região, o organismo não conseguirá sobreviver.

Mas há um caso bem interessante de fungo que consegue “driblar” esse sistema de defesa da planta. Ao se instalar na membrana ele abaixa muito o seu metabolismo, com isso a planta não consegue eliminá-lo. E como a planta não consegue eliminar o fungo, ela sofre o processo de estresse oxidativo, destruindo a sua própria membrana. Porém, após essa autodestruição o fungo se alimenta dela sem precisar fazer muito esforço.

Para saber mais sobre o assunto, leia:

FERREIRA, I.C.F.R.; ABREU, Rui M.V. Stress oxidativo, antioxidantes e fitoquímicos. Bioanálise. ISSN 1646-1266. IV:2. p. 32-39. 2007.

FERREIRA, A.L.A.; MATSUBARA, L.S. Radicais livres: conceitos, doenças relacionadas, sistema de defesa e estresse oxidativo. Rev Ass Med Brasil 1997; 43(1): 61-8.

Fonte da imagem: http://aanalice.blogspot.com/2010_10_01_archive.html


Postagem realizada pelos alunos Augusto, Bruna e Mayara

Um comentário:

Augusto Souza disse...

Já nessa postagem a ideia veio em uma aula da professora Vera com o convidado Ricardo Augusto Tibúrcio, na eletiva Aplicações do Metabolismo Energético, no qual o tema principal era estresse oxidativo.