quinta-feira, 18 de outubro de 2018

EDP III 2018.2 - Modelo Didático - "Germinação in-vivo"

      Olá pessoal! Hoje vamos dar prosseguimento à nossa disciplina de EDP III contando pra vocês como foi o desenvolvimento do nosso modelo didático, segunda parte da disciplina. Nosso modelo didático partiu da curiosidade em observar a germinação de sementes diretamente na terra, deixando de lado a abstração deste fenômeno e do tradicional modelo de germinação de feijão sobre o algodão úmido. Pensamos, portanto, num modelo que pudéssemos observar em vista longitudinal a germinação de uma semente que estivesse colocada intimamente a um anteparo transparente, vidro ou acrílico, sem abandonar a terra como local de germinação.  
       Nosso primeiro esboço de um modelo que oferecesse essa visão subterrânea foi baseado em uma estrutura de madeira com vários compartimentos adjacentes, em formato cúbico, com um destes lados sendo vidro para observar a germinação de uma semente que ficaria rente ao vidro e abaixo de uma porção de terra (Figura 1). Em cada compartimento seria cultivado o mesmo tipo de semente, porém sendo iniciado o cultivo em dias consecutivos para elaborarmos uma linha do tempo da germinação de determinada semente.

 
      Pensado se seria possível observar o passo à passo da germinação através de uma superfície transparente, decidimos fazer um teste de germinação em um vaso de vidro, de formato cúbico, no qual colocamos terra e dispomos diferentes sementes que ficaram rente às faces internas dos lados deste vaso (Figura 2).
  
      Com o cuidado de fornecer água para a germinação das sementes, observamos e registramos diariamente o experimento através de fotos (Figura 3). Ao longo de 10 dias acompanhamos o desenvolvimento das sementes, e assim conseguimos validar a nossa proposta de observar a germinação subterrânea através de um anteparo transparente. Porém, notamos que toda a estrutura do modelo didático ficaria pesada e que estruturas vegetais, como as raízes, poderiam ficar indisponíveis para a observação, devido ao formato do vaso em suas limitadas dimensões de altura e largura e grande profundidade, o que nos fez repensar o modelo didático.
 
       O segundo esboço partiu do propósito de apresentar um único compartimento para servir de vaso que possuísse maior altura e largura e menor profundidade. Durante a elaboração gráfica deste esboço notamos que seria possível pensar em um modelo didático desmontável, que proporcionasse a observação de estruturas vegetais subterrâneas bem como sua manipulação sem prejudicar ou inutilizar o vegetal. Pensamos também que poderíamos agregar expansões para aumentar a profundidade do nosso modelo didático dependendo do tipo de semente que fosse trabalhada, das pequenas às grandes. Neste momento notamos que poderíamos trabalhar não somente com sementes, mas também com estaquia, que consiste em um método de reprodução assexuada de plantas, cujo procedimento é plantar pequenas estacas (porções) do caule, raízes ou folhas para promover seu enraizamento.
        Este segundo modelo consistiu em uma estrutura de madeira que possui o formato da letra grega “Pi” maiúscula Π invertida entre dois vidros planos de formato retangular (Figura 4). O desafio deste modelo foi encontrar um modo para segurar essa estrutura de madeira entre os dois vidros, de maneira fácil e reversível. Assim, elaboramos um par de prensas feitas de madeira, parafusos, arruelas, porcas do tipo borboleta e EVA (Espuma Vinílica Acetinada), sendo que as duas prensas seriam colocadas horizontalmente, uma na parte superior da estrutura e a outra na base na estrutura (Figura 5).
   
        Percebemos que este sistema atrapalharia a visualização na parte superior do modelo didático, devido à prensa que estava lá colocada. Para contornar esta situação elaboramos outro sistema de prensas cuja estrutura se assemelha à mesma letra grega “Pi” maiúscula Π invertida, porém com suas arestas sobressaindo alguns centímetros, quando comparadas à estrutura de madeira que ficaria entre os dois vidros. Este sistema de prensas também foi preparado com madeira, parafusos, porcas do tipo borboleta, arruelas e EVA para proporcionar aderência e segurança do contato da prensa com o vidro. O modelo didático finalizado (Figura 6) foi testado por 10 dias para validar nossa proposta (Figura 7).
 


        Nosso modelo didático proporciona observar estruturas e fazer cortes histológicos delas, comparar diferentes desenvolvimentos de uma ou mais espécies vegetais, observar o geotropismo no desenvolvimento vegetal, os diferentes tipos de germinação, as associações de microorganismos nas estruturas vegetais, possibilita a observação do cultivo de sementes ou estacas, proporciona maior realidade e palpabilidade e, por fim, pode ser usado em condições nas quais o professor carece de recursos visuais, como datashow, para uma aula. 
          Entendemos que esse experimento no nosso modelo didático pode despertar mais atenção dos alunos, já que é um experimento que pode ser observado sempre que o professor julgar necessário, pois as estruturas do vegetal se desenvolvem constantemente dentro desse modelo didático. Acreditamos que isso pode ser de grande ajuda para o professor motivar os seus alunos, uma vez que ele pode sugerir que os próprios alunos plantem as sementes e depois fotografem diariamente o experimento para acompanharem a germinação em si e o desenvolvimento das primeiras estruturas das plantas. E a partir dessas fotos, o professor pode introduzir aos alunos o ensino da botânica. Esse modelo é pequeno e leve, podendo ser utilizado dentro da própria sala de aula, sem ocupar muito espaço e também pode ser transportado para estar em contato com os alunos durante todo o período de observação. 
          A elaboração deste modelo didático nos proporcionou formular soluções para problemas que foram encontrados em suas fases de planejamento e de execução, bem como desenvolver habilidades para trabalhos manuais a favor do ensino. Ao final do processo, ficamos surpreendidos com as possibilidades de utilização do nosso modelo didático, que vão além da simples observação da germinação de sementes. 
          Enfim, foi um trabalho que acreditamos que possa contribuir para o ensino de diversos temas, dentro da Biologia, que envolvam plantas, ajudando o professor a pensar novas maneiras de motivar e manter a atenção dos seus alunos.
           Esperamos que vocês gostem! Obrigado! 



Autores: Glauco Firmino, Jéssica Santos, Luciana Alteff, Nayara Duarte.
 
 



Um comentário:

Flávia Lima disse...

Pessoal, o texto foi bem detalhado, deixando claro o desenvolvimento da atividade e superação de problemas. Entretanto, notamos novamente que algumas partes ficaram um pouco repetitivas.