Olá
pessoal! Hoje vamos dar prosseguimento à nossa disciplina de EDP III contando
pra vocês como foi o desenvolvimento do nosso modelo didático, segunda parte da
disciplina. Nosso modelo didático partiu da curiosidade em observar a
germinação de sementes diretamente na terra, deixando de lado a abstração deste
fenômeno e do tradicional modelo de germinação de feijão sobre o algodão úmido. Pensamos, portanto, num modelo que pudéssemos observar em vista longitudinal a
germinação de uma semente que estivesse colocada intimamente a um anteparo transparente,
vidro ou acrílico, sem abandonar a terra como local de germinação.
Nosso primeiro esboço de um modelo que
oferecesse essa visão subterrânea foi baseado em uma estrutura de madeira com
vários compartimentos adjacentes, em formato cúbico, com um destes lados sendo
vidro para observar a germinação de uma semente que ficaria rente ao vidro e
abaixo de uma porção de terra (Figura 1). Em cada compartimento seria cultivado
o mesmo tipo de semente, porém sendo iniciado o cultivo em dias consecutivos
para elaborarmos uma linha do tempo da germinação de determinada semente.
Pensado
se seria possível observar o passo à passo da germinação através de uma
superfície transparente, decidimos fazer um teste de germinação em um vaso de
vidro, de formato cúbico, no qual colocamos terra e dispomos diferentes
sementes que ficaram rente às faces internas dos lados deste vaso (Figura 2).
Com
o cuidado de fornecer água para a germinação das sementes, observamos e
registramos diariamente o experimento através de fotos (Figura 3). Ao longo de
10 dias acompanhamos o desenvolvimento das sementes, e assim conseguimos validar
a nossa proposta de observar a germinação subterrânea através de um anteparo
transparente. Porém, notamos que toda a estrutura do modelo didático ficaria
pesada e que estruturas vegetais, como as raízes, poderiam ficar indisponíveis
para a observação, devido ao formato do vaso em suas limitadas dimensões de
altura e largura e grande profundidade, o que nos fez repensar o modelo
didático.
O
segundo esboço partiu do propósito de apresentar um único compartimento para
servir de vaso que possuísse maior altura e largura e menor profundidade.
Durante a elaboração gráfica deste esboço notamos que seria possível pensar em
um modelo didático desmontável, que proporcionasse a observação de estruturas
vegetais subterrâneas bem como sua manipulação sem prejudicar ou inutilizar o
vegetal. Pensamos também que poderíamos agregar expansões para aumentar a
profundidade do nosso modelo didático dependendo do tipo de semente que fosse
trabalhada, das pequenas às grandes. Neste momento notamos que poderíamos
trabalhar não somente com sementes, mas também com estaquia, que consiste em um
método de reprodução assexuada de plantas, cujo procedimento é plantar pequenas
estacas (porções) do caule, raízes ou folhas para promover seu enraizamento.
Este
segundo modelo consistiu em uma estrutura de madeira que possui o formato da
letra grega “Pi” maiúscula Π invertida entre dois vidros planos de formato
retangular (Figura 4). O desafio deste modelo foi encontrar um modo para
segurar essa estrutura de madeira entre os dois vidros, de maneira fácil e
reversível. Assim, elaboramos um par de prensas feitas de madeira, parafusos,
arruelas, porcas do tipo borboleta e EVA (Espuma Vinílica Acetinada), sendo que as duas prensas seriam colocadas
horizontalmente, uma na parte superior da estrutura e a outra na base na
estrutura (Figura 5).
Percebemos
que este sistema atrapalharia a visualização na parte superior do modelo
didático, devido à prensa que estava lá colocada. Para contornar esta situação
elaboramos outro sistema de prensas cuja estrutura se assemelha à mesma letra
grega “Pi” maiúscula Π invertida, porém com suas arestas sobressaindo alguns
centímetros, quando comparadas à estrutura de madeira que ficaria entre os dois
vidros. Este sistema de prensas também foi preparado com madeira, parafusos,
porcas do tipo borboleta, arruelas e EVA para proporcionar aderência e segurança do contato da prensa com o
vidro. O modelo didático finalizado (Figura 6) foi testado por 10 dias para validar
nossa proposta (Figura 7).
Nosso
modelo didático proporciona observar estruturas e fazer cortes histológicos
delas, comparar diferentes desenvolvimentos de uma ou mais espécies vegetais,
observar o geotropismo no desenvolvimento vegetal, os diferentes tipos de
germinação, as associações de microorganismos nas estruturas vegetais,
possibilita a observação do cultivo de sementes ou estacas, proporciona maior
realidade e palpabilidade e, por fim, pode ser usado em condições nas quais o
professor carece de recursos visuais, como datashow, para uma aula.
Entendemos
que esse experimento no nosso modelo didático pode despertar mais atenção dos
alunos, já que é um experimento que pode ser observado sempre que o professor
julgar necessário, pois as estruturas do vegetal se desenvolvem constantemente
dentro desse modelo didático. Acreditamos que isso pode ser de grande ajuda
para o professor motivar os seus alunos, uma vez que ele pode sugerir que os
próprios alunos plantem as sementes e depois fotografem diariamente o
experimento para acompanharem a germinação em si e o desenvolvimento das
primeiras estruturas das plantas. E a partir dessas fotos, o professor pode
introduzir aos alunos o ensino da botânica. Esse modelo é pequeno e leve, podendo
ser utilizado dentro da própria sala de aula, sem ocupar muito espaço e também
pode ser transportado para estar em contato com os alunos durante todo o
período de observação.
A
elaboração deste modelo didático nos proporcionou formular soluções para problemas
que foram encontrados em suas fases de planejamento e de execução, bem como
desenvolver habilidades para trabalhos manuais a favor do ensino. Ao final do
processo, ficamos surpreendidos com as possibilidades de utilização do nosso
modelo didático, que vão além da simples observação da germinação de sementes.
Enfim,
foi um trabalho que acreditamos que possa contribuir para o ensino de diversos
temas, dentro da Biologia, que envolvam plantas, ajudando o professor a pensar
novas maneiras de motivar e manter a atenção dos seus alunos.
Esperamos que vocês gostem! Obrigado!
Autores: Glauco Firmino, Jéssica Santos, Luciana Alteff, Nayara Duarte.
Um comentário:
Pessoal, o texto foi bem detalhado, deixando claro o desenvolvimento da atividade e superação de problemas. Entretanto, notamos novamente que algumas partes ficaram um pouco repetitivas.
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