sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Hemoglobina e Hemácias: Como doenças moleculares podem afetar o metabolismo humano


Nossa segunda postagem com o tema Hemoglobina e Hemácias, foi escolhida com base em aulas teóricas e práticas nas disciplinas de Morfofisiologia celular e tecidual e Princípios químicos e bioquímicos, onde colhemos uma amostra de sangue do próprio professor Carlos Henrique e uma aluna para posteriores análises.

A partir das amostras foram realizados testes relacionados ao fenômeno da osmose, na disciplina de Morfofisiologia, onde foi possível identificar a osmose com um dos tipos de transporte de substâncias intracelulares, o transporte ativo, além de verificar os níveis de concentração em diferentes soluções.

Em outro momento, na disciplina de Princípios Bioquímicos, realizamos testes de Dosagem da Glicose Sanguínea, em que foi possível verificar como acontece o estudo dos níveis de glicose sanguínea, além de aprender noções de como é o uso e funcionamento do espectrofotômetro em laboratórios.

É fundamental mencionar que tais aulas ocorreram quase que paralelas, sendo assim mais atraente a nós alunos nos interessarmos pelo tema, além de o assunto ficar com melhor compreensão quando dois professores, Prof.ª Vera Lúcia e Prof. Carlos Henrique, abordam simultâneos temas relacionados entre si. Sendo assim, o tema da postagem não poderia ser mais oportuno.

Todo o oxigênio em nosso organismo está ligado à hemoglobina e é transportado por ela nos eritrócitos, estes têm o formato de discos bicôncavos e são formados a partir de células-tronco precursoras, chamadas de hemocitoplastos. A hemoglobina é uma metaloproteína que contém ferro, está presente nos glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e que tem como função transportar o oxigênio.

A molécula de hemoglobina é um tetâmero e cada subunidade compõe-se de uma cadeia polipeptídica, chamada globina, e um grupo prostético, o heme, um pigmento contendo ferro que se combina com o oxigênio e confere à molécula sua capacidade de transportar oxigênio.

Na hemoglobina adulta normal as cadeias de globina são designadas α e β. As quatro cadeias são dobradas e acomodadas juntas para formar um tetâmero globular. A hemoglobina é abreviada como α2β2.

As cadeias α e β são quase iguais em tamanho, sendo que a cadeia de α-globina possui 141 aminoácidos e a cadeia de β-globina 146. Elas também se assemelham muito tanto na sequência de aminoácidos (estrutura primária) quanto na configuração tridimensional (estrutura terciária).

As cadeias α e β são codificadas por genes em loci distintos:

· Locus α: cromossomo 16

· Locus β: cromossomo 11

Variantes Estruturais

Esses tipos de variantes alteram o polipeptídeo da globina sem afetar sua taxa de síntese. Sabe-se que existem quase 500 variantes genéticas da hemoglobina na população humana; a maioria delas é muito rara. Mais de 400 hemoglobinas anormais já foram descritas. Cada variação é produto de alteração em um gene. Devido à natureza do tema abordado durante as aulas, falaremos mais acerca da Anemia Falciforme, que é a mais importante das anomalias estruturais da hemoglobina. Esta anomalia apresenta uma condição autossômica recessiva.

Anemia Falciforme

É causada por uma mutação única que promove a substituição de Ácido Glutâmico para Valina na posição 6 da cadeia polipeptídica da β-globina (GAG à GTG: Glu6Val). Essa mudança na cadeia da β-globina leva a formação da Hemoglobina S (hemoglobina Falciforme).

A homozigose para esta mutação na β-globina altera as características da molécula de hemoglobina. As moléculas de hemoglobina contendo as subunidades mutantes, a hemoglobina falciforme, são normais no que diz respeito à habilidade para desempenhar sua função principal de ligação de oxigênio, mas no sangue desoxigenado têm apenas um quinto da solubilidade da hemoglobina normal. Dessa forma, a insolubilidade da hemoglobina falciforme é a base física do fenômeno de afoiçamento, ou seja, que dá O formato de “foice” à hemácia.

A anemia falciforme ocorre em indivíduos que herdaram o alelo para a hemoglobina falciforme de ambos os pais. Os eritrócitos destes indivíduos são anormais e em menor número. Quando a hemoglobina das células falciformes é desoxigenada, ela torna-se insolúvel e forma polímeros que se agregam em fibras tubulares. As fibras insolúveis induzem a deformação dos eritrócitos, e a proporção das células falciformes aumenta muito à medida que o sangue é desoxigenado.

A anemia falciforme, por sua vez, é dolorosa e fatal. As pessoas com essa doença sofrem crises repetidas provocadas por esforço físico. Elas tornam-se fracas, vertigens e ofegantes. Curiosamente, a freqüência do alelo falciforme na população é muito alta em determinadas partes da África, onde afeta até 1 em 50 nascimentos, sendo vista ocasionalmente em populações do mediterrâneo e do oriente médio, e por outro lado afeta aproximadamente 1 em 400 a 1 em 600 nascimentos afro-americanos.

Referências Bibliográficas:

- HIB J, ROBERTIS E. Bases da biologia celular e molecular. 4ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.

- COX MM, NELSON DL. Princípios de bioquímica de Lehninger. 5ª Ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.

Grupo:

Luiz Fernando Alves da Silva

Natália Conceição

Paulo Roberto Faquinelli

Renata Nogueira de Medeiros

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Transgênicos: Problema ou Solução ?


fonte: /transgenicos-crescimento-sem-limites/

Nosso grupo se interessou por este assunto, devido a presença dos transgênicos no dia a dia, e sua relação com as aulas do Professor Carlos, que abordou o tema resumidamente. O DNA como vimos é a macromolécula responsável pelo comando da síntese de proteínas, ou seja, é através dele ( gene ) que junto com o ambiente definem as características ( fenótipo ) do organismo. Isso significa dizer que as características do organismo como a presença de semente em uma melancia ou o tamanho de uma laranja são provenientes das informações genéticas.
No final da década de 70, técnicas de modificação genética foram desenvolvidas a fim de um melhor aproveitamento dos alimentos. Essa modificação se dá através de uma transferência de genes de um organismo para o outro. A partir dessa manipulação do material genético, características marcantes de alguns organismos podem se diferenciar. Com essa técnica, alterações propositais são visíveis como ausência de gordura no porco,
manga sem fiapo, feijão com maior quantidade de proteína. Tais processos podem trazer maior praticidade e inúmeras vantagens, tanto nutricionais como palatáveis.
O mercado financeiro também se beneficia com os produtos transgênicos, pois os produtos são mais resistentes à inseticidas e doenças da lavoura, aumentando assim o lucro, com maior aproveitamento das vendas, tornando-se benéfico para a população devido ao preço mais acessível.
Porém os produtos transgênicos são fontes de grandes polêmicas devido a alguns aspectos negativos que vão de reações alérgicas à extinção de algumas espécies que não sofreram alterações e possuem menor resistência do que os Transgênicos, além de matar populações benéficas como abelhas, minhocas e outros tipos de plantas, ainda mais que não se sabe ao certo se esses produtos criados em laboratório com alternância em seu DNA, irá no futuro causar danos ao ser humano devido a ingestão deles alimentos. O Brasil já possui lavouras transgênicas e os produtos já estão no comércio, desde que obedeçam a norma de terem uma identificação no rotulo para que o consumidor tenha opção de compra-los ou não.
Então vem a pergunta: se os produtos transgênicos ainda não são totalmente confiáveis, por que essa técnica ainda é utilizada? demonstra a força da influência das grandes empresas multinacionais que dominam uma vasta gama de tecnologias voltadas para o campo, sendo exemplo a monsato, a bayer e a cargil. Muitos defensores dos transgênicos chegam a afirmar que essa técnica permitiria uma maior produção de alimentos que viria a favorecer o combate a fome no mundo, mas infelizmente nós sabemos que isso não passa de uma utopia, as grandes empresas pensam somente em aumentar seus lucros.

Referências: http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=342940&indexSearch=ID

http://www.institutoaqualung.com.br/info_trans39.html

http://www.brasilescola.com/biologia/transgenicos.htm