quinta-feira, 18 de outubro de 2018

2018.2 - Modelo Didático: "Ciclo de vida das Angiospermas"


Queridos leitores, se aconcheguem novamente e embarquem conosco nessa segunda postagem, pois iremos relatar mais uma etapa da nossa jornada na disciplina de Estudos e Desenvolvimento de projetos III.
A segunda proposta de atividade que nos foi solicitada consiste no desenvolvimento de um material didático. Inicialmente, enfrentamos grandes dificuldades para a escolha da área que iriamos confeccioná-lo e também o conteúdo que abordaríamos. Porém, o grupo chegou em um consenso e optamos por elaborar um material que abordasse o "Ciclo de vida das Angiospermas", da mesma maneira que nos foi introduzido nas aulas de Anatomia Vegetal.
Em seguida, encaramos um desafio para decidirmos um material adequado para iniciarmos a nossa atividade. Optamos por utilizar EVA, feltro e velcro para a produção. O grupo se reuniu (Fig.1) e nosso primeiro passo foi desenhar moldes das etapas do ciclo em papel sulfite. Com os moldes já prontos, transcrevemos os desenhos dessas etapas para o EVA (Fig.2).

                        Fig. 1 - Grupo reunido para a confecção do material didático.

                                  Fig. 2 Transcrição dos moldes para o EVA. 

Posteriormente, colamos atrás do EVA um velcro (Fig.3), permitindo que essas etapas funcionassem como “peças”, que seriam grudadas ou desgrudadas do feltro. Utilizamos o feltro como tecido para constituir a base do nosso material didático, ou seja, o plano de fundo onde todo o ciclo seria montado.

                                               Fig. 3 - Peça com o velcro aderido.

Sem dúvidas, uma grande adversidade foi retratar as etapas do ciclo já pensando em como iriamos fazer a nossa próxima atividade da disciplina, o Stop Motion. Não bastava somente retratarmos no material didático as principais etapas, foi necessário colocarmos outras etapas, que demonstrassem com mais detalhes sobre o que realmente acontece. Mesmo assim, não foi acrescentado no modelo didático final todas as etapas necessárias para a produção do Stop Motion, pois acreditamos que o acúmulo de informações acabaria confundindo nosso público alvo quando o modelo fosse utilizado.
Ao desenvolver o "Ciclo de vida das Angiospermas", tentamos ao máximo nos aproximar de todas as fases do seu desenvolvimento, retratando desde as divisões que ocorrem nos Gametófitos masculinos e femininos das plantas, a polinização, a dupla fecundação, o desenvolvimento do embrião, até o crescimento de uma planta adulta de Angiosperma.
Depois de muitas mudanças e após refazermos várias vezes as etapas, chegamos a nossa versão final do modelo didático (Fig.4). 

           Fig. 4 Material didático finalizado demonstrando o Ciclo de vida das Angiospermas.

Esperamos, caros leitores, que vocês apreciem e se inspirem com o nosso material didático. E por favor, não percam o que ainda está por vir. Fiquem de olho, e aguardem a nossa próxima postagem!

Autores: Dayana Diniz, Isabela Tosi, Lilian Leite, Lucas Ortolan e Victor Paes. 

2018.2 - Modelo didático - Melanócitos: produção de melanina.

           Olá caros leitores, estão prontos para mais uma viagem? Como de costume apertem o cinto e aproveitem a leitura. Nesta segunda etapa levo vocês para confecção e realização do nosso modelo didático, mas antes apresentaremos a escolha do tema.  Logo na escolha tivemos algumas complicações. Nossa primeiro tema foi embriogênese, que é o processo através do qual o embrião é formado e se desenvolve, porém com tantos trabalhos já feitos, pesquisando no blog nos deparamos com alguns similares a nossa ideia. 
        Como nossa proposta era mostrar algo diferente decidimos buscar novas ideias. Partimos na decisão de um novo tema. Decidimos fazer algo relacionado ao nosso Ciência Itinerante, dos dois temas apresentados (só dar uma olhadinha na nossa primeira postagem em 2018.2 Ciência Itinerante) optamos pelo tema “Futebol vs. Altitude”, com enfoque na policitemia. A policetemia é caracterizada pelo número excessivo de células vermelhas no sangue, as hemácias. Na elaboração de como seria esse modelo didático ficamos aflitos de não conseguir entregar o que queríamos, por fatores de montagem. Voltamos na etapa de decisão do tema novamente, contudo já que tivemos referência a um dos nossos cartazes do Ciência Itinerante, decidimos usar o outro tema “Você sabe o que é melanina?”, focando nos melanócitos, responsáveis pela produção de melanina. O modelo didático tem por finalidade explicar como funciona a produção de melanina, a partir dos melanócitos, para proteger a pele contra raios UV.
     Mas vocês sabem como a melanina protege a nossa pele contra raios ultravioletas? A radiação em excesso pode causar uma alteração na estrutura e funcionamento das células, como por exemplo, danificar as fibras de colágeno e elastina e podem acarretar até no desenvolvendo de um câncer. Sendo assim, a exposição ao sol ativa os melanócitos para a produção da melanina, formando uma barreira na pele para protegê-la dos raios UV, chamado de bronzeamento.
     Bom, com tema definido, mãos a massa! Chegamos a nossa segunda etapa: a produção do nosso modelo didático. Como nosso modelo didático seria uma representação ilustrativa da produção de melanina, optamos por usar biscuit colorido, para a realização do modelo usamos as cores rosa, vermelho, azul, bege, marrom, laranja e amarelo. Como base, utilizamos isopor mais grosso. Finalizamos o modelo encapando com tecido TNT preto e alguns materiais secundários (régua, lápis, gilete para cortar o isopor). (Imagem 1)
                                   Imagem 1: materiais utilizados para confecção da primeira versão do modelo didático.

    Com os materiais em mãos começamos a elaborar nosso modelo didático. Logo no começo tivemos um problema, apesar de acoplarmos as lâminas da gilete na régua, o corte do isopor não estava saindo em linha reta. Optamos por outros meios (faca de cozinha) para que tivéssemos êxito no corte. Finalizado o corte, fizemos um desenho para delimitarmos as camadas da epiderme e derme. Após desenhar, começamos a preencher todo espaço com biscuit. Mais um problema surge, um dos biscuits que compramos era muito duro e não estava aderindo muito bem ao isopor. Com calma, tivemos a ideia de molhar o biscuit, deixando ele mole, tornando-o mais maleável. Optamos também por comprar de uma marca chamada Fox Cola, o preço é bem bacana e é super fácil de trabalhar, ao longo do modelo foi preciso obter mais cores, como o biscuit dessa marca é de fácil manejo, facilitou a mistura de cores. Preenchemos os espaços delimitados e desenhamos as células, por cima do biscuit ainda fresco. Pronto, finalizamos então nossa primeira versão do modelo didático. (Imagem 2)

                                         Imagem 2: primeira versão do modelo didático.
    Após a primeira apresentação do modelo para nossos professores, entramos em contato com a professora de Histologia para que nos orientasse sobre nosso modelo didático. Vimos que algumas coisas não estavam totalmente corretas e fomos atrás de corrigir os erros para que nosso modelo estive fidedigno ao livro utilizado como referência. Demos inicio a terceira etapa do nosso modelo. Como utilizaremos o mesmo modelo para a produção do STOP MOTION (3ª parte da disciplina de EDP III), precisaríamos que nosso modelo tivesse movimento. Decidindo o que seria feito no STOP MOTION (não perca nossas próximas postagens, ele também será postado aqui), começamos a confeccionar outro modelo, esse agora de um melanócito numa escala maior.
    Mas o que são melanócitos? Os melanócitos são as células responsáveis pela produção de melanina. Os melanócitos se encontram na junção da derme com a epiderme ou entre os queratinócitos da camada basal da epiderme. A melanina é sintetizada com a ajuda da enzima tirosinase. A tirosinase é sintetizada nos polirribossomos e introduzida nas cisternas do retículo endoplasmático rugoso e acumuladas em vesículas formadas no complexo de Golgi, essas vesículas recebem o nome de melanossomos. Durante o processo de produção de melanina, os melanossomos são sintetizados, quando para essa síntese, significa que o melanossomo está cheio de melanina, chamado então de grânulo de melanina. Quando formandos, os grânulos de melanina, migram pelos prolongamentos dos melanócitos e são injetados no citoplasma dos queratinócitos. Nas células epiteliais, os grânulos de melanina se posicionam acima do núcleo, garantindo maior proteção ao DNA contra os efeitos prejudiciais dos raios UV. O bronzeamento da pele ocorre primeiramente com os grânulos já presentes na célula epitelial. Devido a exposição excessiva ao sol, os melanócitos são estimulados a produzirem mais melanina, que se migram para os queratinócitos.
      Os materiais utilizados foram os mesmo usados na confecção do primeiro modelo. Com mais detalhes, reproduzimos nosso modelo a partir do livro de Junqueira & Carneiro- Histologia Básica –Texto e Atlas, colocando todas as partes presentes na produção de melanina. Como já sabíamos trabalhar com os materiais, devido à experiência com o primeiro modelo, o segundo foi menos trabalhoso. Apesar de ter partes mais especificas e também o fato da escala ser maior, conseguimos produzir um modelo didático bem legal. (Imagem 3) 

       Imagem 3: elaboração da segunda parte do modelo didático, o melanócito.

       Assim, chegamos ao final da produção dos nossos modelos didáticos 1- Recorte da epiderme e derme e 2 melanócito (Imagens 4 e 6), as legendas foram pregadas atrás do modelo, elas estão aqui para facilitar a compressão no trabalho (Imagens 5 e 7). Foi um trabalho com algumas complicações, mas que no final deu tudo certo. E você, caro leitor, não nos abandone, temos ainda nossa postagem sobre o STOP MOTION, no qual todo esse processo da produção da melanina terá movimento. Legal, não é mesmo? Até a próxima! 
                                         
                                          Imagem 4: modelo didático 1, versão final, recorte da epiderme e derme.
                                                                  Imagem 5: legenda do modelo didático 1.
                                                    Imagem 6: modelo didático 2, melanócito.
                                                                                   Imagem 7: legenda modelo didático 2.
                                         
                                          Imagem 8: grupo reunido para escolha do tema. 

Referências: JUNQUEIRA, L.; CARNEIRO, J..Histologia Básica. 12 Ed.[S.1]: Guanabara-Koogan, 1971.

Autores: Ana Prata, Daniel Possari, Gabriel Silva, Manoela Carvalho e Mateus Silva. 


EDP III 2018.2 - Modelo Didático - "Germinação in-vivo"

      Olá pessoal! Hoje vamos dar prosseguimento à nossa disciplina de EDP III contando pra vocês como foi o desenvolvimento do nosso modelo didático, segunda parte da disciplina. Nosso modelo didático partiu da curiosidade em observar a germinação de sementes diretamente na terra, deixando de lado a abstração deste fenômeno e do tradicional modelo de germinação de feijão sobre o algodão úmido. Pensamos, portanto, num modelo que pudéssemos observar em vista longitudinal a germinação de uma semente que estivesse colocada intimamente a um anteparo transparente, vidro ou acrílico, sem abandonar a terra como local de germinação.  
       Nosso primeiro esboço de um modelo que oferecesse essa visão subterrânea foi baseado em uma estrutura de madeira com vários compartimentos adjacentes, em formato cúbico, com um destes lados sendo vidro para observar a germinação de uma semente que ficaria rente ao vidro e abaixo de uma porção de terra (Figura 1). Em cada compartimento seria cultivado o mesmo tipo de semente, porém sendo iniciado o cultivo em dias consecutivos para elaborarmos uma linha do tempo da germinação de determinada semente.

 
      Pensado se seria possível observar o passo à passo da germinação através de uma superfície transparente, decidimos fazer um teste de germinação em um vaso de vidro, de formato cúbico, no qual colocamos terra e dispomos diferentes sementes que ficaram rente às faces internas dos lados deste vaso (Figura 2).
  
      Com o cuidado de fornecer água para a germinação das sementes, observamos e registramos diariamente o experimento através de fotos (Figura 3). Ao longo de 10 dias acompanhamos o desenvolvimento das sementes, e assim conseguimos validar a nossa proposta de observar a germinação subterrânea através de um anteparo transparente. Porém, notamos que toda a estrutura do modelo didático ficaria pesada e que estruturas vegetais, como as raízes, poderiam ficar indisponíveis para a observação, devido ao formato do vaso em suas limitadas dimensões de altura e largura e grande profundidade, o que nos fez repensar o modelo didático.
 
       O segundo esboço partiu do propósito de apresentar um único compartimento para servir de vaso que possuísse maior altura e largura e menor profundidade. Durante a elaboração gráfica deste esboço notamos que seria possível pensar em um modelo didático desmontável, que proporcionasse a observação de estruturas vegetais subterrâneas bem como sua manipulação sem prejudicar ou inutilizar o vegetal. Pensamos também que poderíamos agregar expansões para aumentar a profundidade do nosso modelo didático dependendo do tipo de semente que fosse trabalhada, das pequenas às grandes. Neste momento notamos que poderíamos trabalhar não somente com sementes, mas também com estaquia, que consiste em um método de reprodução assexuada de plantas, cujo procedimento é plantar pequenas estacas (porções) do caule, raízes ou folhas para promover seu enraizamento.
        Este segundo modelo consistiu em uma estrutura de madeira que possui o formato da letra grega “Pi” maiúscula Π invertida entre dois vidros planos de formato retangular (Figura 4). O desafio deste modelo foi encontrar um modo para segurar essa estrutura de madeira entre os dois vidros, de maneira fácil e reversível. Assim, elaboramos um par de prensas feitas de madeira, parafusos, arruelas, porcas do tipo borboleta e EVA (Espuma Vinílica Acetinada), sendo que as duas prensas seriam colocadas horizontalmente, uma na parte superior da estrutura e a outra na base na estrutura (Figura 5).
   
        Percebemos que este sistema atrapalharia a visualização na parte superior do modelo didático, devido à prensa que estava lá colocada. Para contornar esta situação elaboramos outro sistema de prensas cuja estrutura se assemelha à mesma letra grega “Pi” maiúscula Π invertida, porém com suas arestas sobressaindo alguns centímetros, quando comparadas à estrutura de madeira que ficaria entre os dois vidros. Este sistema de prensas também foi preparado com madeira, parafusos, porcas do tipo borboleta, arruelas e EVA para proporcionar aderência e segurança do contato da prensa com o vidro. O modelo didático finalizado (Figura 6) foi testado por 10 dias para validar nossa proposta (Figura 7).
 


        Nosso modelo didático proporciona observar estruturas e fazer cortes histológicos delas, comparar diferentes desenvolvimentos de uma ou mais espécies vegetais, observar o geotropismo no desenvolvimento vegetal, os diferentes tipos de germinação, as associações de microorganismos nas estruturas vegetais, possibilita a observação do cultivo de sementes ou estacas, proporciona maior realidade e palpabilidade e, por fim, pode ser usado em condições nas quais o professor carece de recursos visuais, como datashow, para uma aula. 
          Entendemos que esse experimento no nosso modelo didático pode despertar mais atenção dos alunos, já que é um experimento que pode ser observado sempre que o professor julgar necessário, pois as estruturas do vegetal se desenvolvem constantemente dentro desse modelo didático. Acreditamos que isso pode ser de grande ajuda para o professor motivar os seus alunos, uma vez que ele pode sugerir que os próprios alunos plantem as sementes e depois fotografem diariamente o experimento para acompanharem a germinação em si e o desenvolvimento das primeiras estruturas das plantas. E a partir dessas fotos, o professor pode introduzir aos alunos o ensino da botânica. Esse modelo é pequeno e leve, podendo ser utilizado dentro da própria sala de aula, sem ocupar muito espaço e também pode ser transportado para estar em contato com os alunos durante todo o período de observação. 
          A elaboração deste modelo didático nos proporcionou formular soluções para problemas que foram encontrados em suas fases de planejamento e de execução, bem como desenvolver habilidades para trabalhos manuais a favor do ensino. Ao final do processo, ficamos surpreendidos com as possibilidades de utilização do nosso modelo didático, que vão além da simples observação da germinação de sementes. 
          Enfim, foi um trabalho que acreditamos que possa contribuir para o ensino de diversos temas, dentro da Biologia, que envolvam plantas, ajudando o professor a pensar novas maneiras de motivar e manter a atenção dos seus alunos.
           Esperamos que vocês gostem! Obrigado! 



Autores: Glauco Firmino, Jéssica Santos, Luciana Alteff, Nayara Duarte.