Entre algumas dificuldades, na criação e junção de ideias dos filmes utilizados, consegui trazer toda idéia criada nas aulas da disciplina de EDP, sendo que tivemos grandes ensinamentos com o decorrer dos filmes e seus objetivos. O cientista jamais será esquecido, mesmo que através do tempo atitudes da humanidade, com seus preconceitos retrógrados, tenha atrapalhado a história desses notórios nomes.
Vou deixar meu roteiro, para vocês terem uma noção de como funcionou!
Hoje trago a vocês a indiferença que atrasos a ciência e sua história
Através desses três filmes, tive a percepção que infelizmente o homem trouxe grandes perdas para história da ciência, pela falta de dignidade humana, e com pensamentos minimalistas de ser homem ou mulher, etnia ou opção sexual. Sendo que grande parte desses estudiosos ou gênios que passaram pela Terra tiveram suas grandes importâncias, e se não tivesse o preconceito de suas épocas, talvez teríamos uma ciência bem evoluída, que foi perdida pelo tempo, com mortes precoces. Essas mentes brilhante poderiam ter grandes desenvolvimentos em nossa vida, e hoje não podemos saber quais seriam essas descobertas. Atitudes desnecessárias que através do tempo, trazem a verdadeira face dos gênios, que sempre foram isolados por pensar além do seu tempo. De vez em quando surgem filmes com aspectos biográficos de homens notáveis do mundo das ciências e do mundo académico. Uma das características deste tipo de filmes é o facto de permitirem aos espectadores descobrir algum do trabalho científico desses notáveis e descobrir, em simultâneo, aspectos daquele lado humano tantas vezes desconhecido. Os teóricos infelizmente são das muitas das vezes acima dos demais, causando uma vida solitária em seus pensamentos e sem apoio por motivos de desconhecimento de fatores importantes para ciência no contexto histórico.
Trago a sinopse de 3 exemplos de filmes nesse contexto.
O Jogo da Imitação
Em 1939, a recém-criada agência de inteligência britânica MI6 recruta Alan Turing, um aluno da Universidade de Cambridge, para entender códigos nazistas, incluindo o "Enigma", que criptógrafos acreditavam ser inquebrável. A equipe de Turing, incluindo Joan Clarke, analisa as mensagens de "Enigma", enquanto ele constrói uma máquina para decifrá-las. Após desvendar as codificações, Turing se torna herói. Porém, em 1952, autoridades revelam sua homossexualidade, e a vida dele vira um pesadelo.
O filme “O Jogo da Imitação” relata a história de Alan Turing, que foi um matemático, cientista e também o criador da Máquina de Turing, invenção que servia para decodificação de mensagens criptografadas. A grande dificuldade de decifrar as mensagens contidas no enigma se dava em razão das infinitas possibilidades de leitura e suas combinações. Com a criação da máquina, Turing, juntamente com um grupo de amigos, conseguiu interceptar e decifrar as mensagens enviadas pelos alemães na 2ª Guerra Mundial. Além de mostrar a questão da guerra e toda a tensão por trás, a obra trata de questões importantes como bullying, homossexualidade e tenta também retratar a questão da mulher no mundo da tecnologia.
A questão do bullying, retratada na obra, é um dos fatores que faziam com que ele constantemente se isolasse, além de apresentar diversos traumas psicológicos vividos da infância. E não apenas o bullying que sofria colaborava para o isolamento de Turing, mas sua orientação sexual também influenciava. O personagem era homossexual, o que era considerado na época uma “falha de caráter”, uma ignorância óbvio. Em razão disso, Turing foi condenado como sendo criminoso, ocasião em que recebeu duas opções: tratamento hormonal ou prisão. Turing optou pela primeira opção.
Como foi anteriormente mencionado, outra questão importante abordada na obra é sobre o espaço das mulheres nesse mundo da tecnologia. Turing escolheu para fazer parte de seu grupo seleto Joan Clarke, sendo a única mulher entre os homens. Clarke, apesar de ter vivido em uma época em que o preconceito era explícito, buscou seu espaço e mostrou que era tão fundamental no grupo quanto os demais homens. Clarke, para não ter que voltar para a casa dos pais, aceitou casar-se com Turing, para poder buscar seus sonhos sem ter que sofrer a opressão e o preconceito da sociedade.
Um Homem Entre Gigantes
O patologista forense Dr. Bennet Omalu tenta conscientizar a opinião pública sobre a encefalopatia traumática crônica, uma doença que causa trauma cerebral em jogadores de futebol americano, resultado de concussões repetidas na cabeça.
A ETC (Encefalopatia Traumática Crônica) é um trauma cerebral causado por repetidas concussões, um mal comum entre profissionais do esporte. Baseado em fatos reais, o longa “Um Homem entre Gigantes” (“Concussion”, no título original) conta a história do neuropatologista forense Dr. Bennet Omalu, que descobriu a doença em 2002 e causou um alvoroço com uma das maiores instituições do mundo.
Seu primeiro diagnóstico foi em um jogador profissional de futebol americano e, depois de vários estudos investigando o caso, percebeu que a ETC atingia muitos jogadores que costumavam bater a cabeça durante os jogos. A descoberta foi feita enquanto Bennet examinava o corpo de um jogador de futebol da NFL, que morreu de um ataque cardíaco aos 50 anos.
O cérebro de alguém que sofre de ETC vai se deteriorando e começa a perder massa. O trauma também causa o acúmulo de uma proteína chamada tau, algo similar ao que acontece no cérebro de pacientes com o Mal de Alzheimer, o que acaba interferindo nas funções cerebrais. A doença pode causar perda de memória, dificuldade de equilíbrio, comportamento impulsivo, agressivo e depressão.
Vivido no filme por Will Smith, o Dr. Omalu decide que é importante que todos saibam de sua descoberta e faz de tudo para expor a verdade. Com isso ele acaba enfrentando a Liga Nacional de Futebol Americano, que tem um dos campeonatos mais lucrativos do mundo. A instituição, é claro, não quer se envolver em nenhum escândalo, mesmo que isso signifique continuar arriscando a vida de seus jogadores. O neuropatologista então se vê sozinho lutando contra a maioria nesta batalha.
Dirigido por Peter Lendesman, “Um Homem entre Gigantes” mistura cenas reais, reportagens, com cenas fictícias, trazendo o problema da ETC à tona de uma maneira muito mais verossímil. Como em todos os filmes em que atua, Will Smith mergulhou de cabeça no papel, interpretando até mesmo o sotaque de Bennet Omalu, nascido na Nigéria. O filme lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro de melhor ator.
O homem que conhecia o infinito
Srinivasa Ramanujan (Dev Patel) é um génio autodidata de 25 anos de idade, que não conseguiu entrar na universidade devido ao seu estudo quase obsessivo e solitário da matemática.
Determinado a prosseguir a sua paixão, Ramanujan escreve uma carta a um eminente professor do Trinity College, em Cambridge.
O Professor Hardy (Jeremy Irons), reconhece a originalidade e o génio do talento puro de Ramanujan e, apesar do ceticismo dos seus colegas, empenha-se em trazê-lo para Cambridge para que as suas teorias possam ser exploradas.
Ramanujan deixa a família e a sua jovem noiva, e cruza o mundo até Inglaterra para, sob a orientação de Hardy, trabalharem nas suas teorias.
Juntos, vão lutar para que o seu trabalho seja finalmente visto e reconhecido por um meio matemático que não está preparado para os seus métodos não convencionais.
O Homem Que Viu o Infinito é a improvável história verídica de um génio único, cujas inovadoras teorias o levaram a sair da obscuridade, num mundo em plena guerra, e da sua luta incansável para mostrar ao mundo a genialidade da sua mente.
O filme é bem revelador do conflito recorrente na história da humanidade entre os preconceitos de uma sociedade que se julga superior, e a evidência que a ciência revela, tantas vezes desconcertante e surpreendente.
E para finalizar, deixo aqui a minha opinião sobre o dever nosso de ser orientador e orientado, ele traz a realidade que precisamos conhecer sobre as grandes dificuldades de ser fazer essa tarefa. Escolhas que precisamos ter no fim de cada processo de estudo.
Sidney Jose Soares
Trabalho realizado no dia 20.10.22
Sobre a responsabilidade das professoras Vera Lucia Bonfim Tiburzio e Flavia de Souza Lima da Universidade Federal do Triângulo Mineiro de Uberaba-MG.